O fanzine
Múltiplo chega a sua segunda edição com uma encorpada em seu número de páginas,
pulando para 78 páginas. Esta edição, de dezembro de 2016, traz capas de
Ciberpajé e muitas colaborações. Nos quadrinhos Omãr Vinole (tiras de Coelho Nero),
Flávio Calazans (Aves y Ovos, Canção do Centauro, Al Contraryu e Minimal
Monotony) Carlos Henry (Vítimas ao acaso com desenhos de Antonieto Pereira e A
Senha), Edgard Guimarães (Cotidiano Alterado), Thina e Fabi (Somos Seres Fragmanetados)
e Ciberpajé (Dilema da Despedida). André Carim, editor da publicação comparece
com artigo sobre Shimamoto, com enfoque em sua passagem pela Cetpa, suas
incursões pela xilogravura, com experimentações em sacola e outros itens
incomuns e também a parceria com Ivan Saindenberg em Histórias Macabras da Ed.
Outubro. O Entrevistão é com Laudo, um dos maiores quadrinhistas em atividade. Ele fala de tudo, da infância ao último
álbum Cadernos de Viagem (Devir) além dos novos projetos.
O zine tem ampla seção com divulgação de projetos independentes, todos
recomendados, ilustração de Nei Rodrigues e um editorial que nos leva a muitas
reflexões. Um dos pontos que chama a atenção em seu texto introdutório e que
traz um paralelo a minha chegada aos quadrinhos e fanedição, é que tivemos uma infância
diferente da geração internet. Onde líamos efetivamente quadrinhos. No meu caso,
Disney e Maurício e depois as mensais da Abril, que para mim era religião na
época, sabia até o dia que chegava cada título nas bancas. Marvel com Capitão
América e Heróis da TV, depois Superaventuras Marvel (fechando com Hulk e Homem
Aranha) e DC especialmente com Superamigos e Novos Titãs... fora Conan. Isso me
levou aos fanzines e a HQB. Historieta inicialmente (tive sorte de começar com
a Bíblia dos Fanzines do mestre Oscar Kern). Aí temos formado um leitor.
Apaixonado por quadrinhos. A pergunta que fica hoje no ar é: como formar mais
leitores? Meus filhos, por exemplo, leem alguma coisa de mangá vez em quando, mas
a praia deles é games, séries e smarthfones... e isso é um pequeno retrato de
nossa juventude. Um amplo debate sobre o assunto pode ser uma pedida para futuras
edições, já que trata da sobrevivência dos fanzines e revistas impressas, que tem
dificuldades, na maioria, de chegar aos leitores e consequentemente, se auto
financiar. O que leva a um encolhimento dos fanzines impressos. É o fim?! Temos
como remar contra a maré? O Fanzine Múltiplo, que possui versão on line e
impressa vai mostrando a que veio e começa a deixar sua marca novamente na
fanedição do Século XXI. Não perca o bonde da história. E que venha o número 3.
Contato:
André
Carim de Oliveira - Rua Vicente Celestino, 56
Bairro
Santa Emília - Carangola/MG - CEP: 36800-000.
andrecarim@outlook.com
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