domingo, 15 de janeiro de 2017

Múltiplo 2

O fanzine Múltiplo chega a sua segunda edição com uma encorpada em seu número de páginas, pulando para 78 páginas. Esta edição, de dezembro de 2016, traz capas de Ciberpajé e muitas colaborações. Nos quadrinhos Omãr Vinole (tiras de Coelho Nero), Flávio Calazans (Aves y Ovos, Canção do Centauro, Al Contraryu e Minimal Monotony) Carlos Henry (Vítimas ao acaso com desenhos de Antonieto Pereira e A Senha), Edgard Guimarães (Cotidiano Alterado), Thina e Fabi (Somos Seres Fragmanetados) e Ciberpajé (Dilema da Despedida). André Carim, editor da publicação comparece com artigo sobre Shimamoto, com enfoque em sua passagem pela Cetpa, suas incursões pela xilogravura, com experimentações em sacola e outros itens incomuns e também a parceria com Ivan Saindenberg em Histórias Macabras da Ed. Outubro. O Entrevistão é com Laudo, um dos maiores quadrinhistas em atividade. Ele fala de tudo, da infância ao último álbum Cadernos de Viagem (Devir) além dos novos projetos. O zine tem ampla seção com divulgação de projetos independentes, todos recomendados, ilustração de Nei Rodrigues e um editorial que nos leva a muitas reflexões. Um dos pontos que chama a atenção em seu texto introdutório e que traz um paralelo a minha chegada aos quadrinhos e fanedição, é que tivemos uma infância diferente da geração internet. Onde líamos efetivamente quadrinhos. No meu caso, Disney e Maurício e depois as mensais da Abril, que para mim era religião na época, sabia até o dia que chegava cada título nas bancas. Marvel com Capitão América e Heróis da TV, depois Superaventuras Marvel (fechando com Hulk e Homem Aranha) e DC especialmente com Superamigos e Novos Titãs... fora Conan. Isso me levou aos fanzines e a HQB. Historieta inicialmente (tive sorte de começar com a Bíblia dos Fanzines do mestre Oscar Kern). Aí temos formado um leitor. Apaixonado por quadrinhos. A pergunta que fica hoje no ar é: como formar mais leitores? Meus filhos, por exemplo, leem alguma coisa de mangá vez em quando, mas a praia deles é games, séries e smarthfones... e isso é um pequeno retrato de nossa juventude. Um amplo debate sobre o assunto pode ser uma pedida para futuras edições, já que trata da sobrevivência dos fanzines e revistas impressas, que tem dificuldades, na maioria, de chegar aos leitores e consequentemente, se auto financiar. O que leva a um encolhimento dos fanzines impressos. É o fim?! Temos como remar contra a maré? O Fanzine Múltiplo, que possui versão on line e impressa vai mostrando a que veio e começa a deixar sua marca novamente na fanedição do Século XXI. Não perca o bonde da história. E que venha o número 3.

Contato:
André Carim de Oliveira - Rua Vicente Celestino, 56
Bairro Santa Emília - Carangola/MG - CEP: 36800-000.
andrecarim@outlook.com 



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