Fanzine impresso de Quadrinhos editado por Clodoaldo Cruz. Rua Dorival Borsari, 32, Vila Saul Borsari, CEP 14883-276, Jaboticabal, SP. Edição 14x20, 40 páginas, impressão 4x1 cores, capa de Heraldo Wilson, contracapa de Romão. Publicação independente do Estúdio Cabal. R$ 9,90. Janeiro 2017.
Cat’s City, criado em 1994, por Carlos Renato (Reno) é a atração principal do zine, sempre com novas HQs do universo dark noir barra pesada vivida por seres antropomórficos.
Em “Cat’s City: A Voz”, um programa de rádio chamado A Voz sem Medo, incomoda poderosos corruptos e bandidos notórios como o traficante Don Percival. O radialista sem papas na língua corre sérios riscos. Mas nada é o que se parece na Cidade Gato... Textos e desenhos de Reno, arte final Nei Rodrigues.
“Nas catacumbas de Conta”, com argumentos de Michèlle Domit e desenhos e arte final de Hélcio Rogério, uma típica e saborosa aventura “capa e espada”, apresentando Juna, uma pirata destemida no comando do Loba do Mar, embarcação que aterroriza cidades portuárias e navios. Quando saqueiam carregamentos de ouro de navios francos, começam seus problemas e a aventura de fôlego de 25 páginas. O roteiro muito bem construído aliado à arte excelente e detalhista de Hélcio faz deste trabalho um exemplar digno do bom quadrinho nacional, uma HQ que prende o leitor do início ao fim e pede continuidade.
“Condenado”, HQ curta de 2 páginas por Clodoaldo e Reno, a condução de um criminoso à cadeira elétrica, desencadeia uma série de lembranças no carceireiro e no prisioneiro.
“Cat’s City: Quem é você?” por Clodoaldo e All Silva. Em lan house, homem se lembra de sua amada e como seu trabalho atrapalhou esta paixão. Mas nem tudo está perdido. E voltar à lan house parece ser uma boa idéia. Será?
Cabal tem ainda ilustrações de Nei Rodrigues, Alcione e Romão.
Publicação de respeito, que veio com uma proposta séria de publicar bons quadrinhos autorais e que melhorou substancialmente neste número. Com ótimas colaborações e abrigando um universo ficcional de amplas possibilidades, Cabal se firma como uma das gratas surpresas surgidas no final de 2016.
No aspecto gráfico, sensível melhora no papel utilizado na capa, couché fosco mais encorpado, e qualidade impecável no miolo, com acabamento em grampo idem. Quem curte quadrinhos não pode deixar de ler e o preço é acessível.
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